quinta-feira, 16 de junho de 2011

Decisões

Quero pensar e não quero, odeio ter de pensar, ter de decidir ou pior, pensar que tenho de decidir. O tempo passa, penso em não pensar e a decisão teima em chegar. Chegam antes as dúvidas e incertezas, rebenta a insegurança das consequencias de um simples sim ou de um pacato não.
Procuro pensar mesmo sem vontade de o fazer, tento decidir-me mesmo tendo receio da lógica do pensamento da alma, do coração e da mente.
Assusta-me pensar que o simples sim ou o pacato não pode mudar o rumo de tudo, que pode fazer a diferença entre o ser feliz e o não ser feliz.
Odeio ter de tomar decisões...
Odeio o ter de pensar...
Era tudo bem mais fácil se não fosse refem do verbo pensar... se apenas tivesse de seguir o guião da vida e procurar representar bem o meu papel.
Infelizmente tenho de pensar, (in)felizmente posso escrever o meu destino (ou pelo menos acreditar que sim) e hoje não quero ter de pensar, não quero ter de decidir.  Gostava de poder ter o meu fado materializado num livro, num livro que pudesse abrir tanto no início, como no meio e quase no fim. Gostava de estabelizar a frequencia que emito e finalmente ter a coragem de pensar em decidir-me.
Gostava de parar o tempo para ter tempo de pensar atempadamente na decisão que tenho de tomar...
Odeio ter de tomar decisões... odeio ter de pensar...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Confusão

A maioria das vezes a palavra que melhor caracteriza o que me vai na cabeça é confusão. Todos os dias acontecem toneladas de coisas e quando finalmente parece que a poeira vai assentar, regressa um novo tornado que volta a agitar o meu mundo.
Hoje, para além das minhas coisas pessoais, atormenta-me o facto de sentir que um amigo meu pode não estar bem e que não encontro forma de o ajudar ou simplesmente não sei.
Sei que é fácil falar quando se está de fora, mas as vezes quem está dentro está tão compenetrado que nem consegue imaginar as soluções mais óbvias.
Não sei se conseguiria fazer grande coisa, eu acho que pelo menos uma boa ajuda conseguia dar, mas por outro lado surgem tantas questões, tanta coisa na minha cabeça, tantas pessoas, tantos nomes, tantas caras, tantos pensamentos, tantas palavras....tantos ses....
Acho que o fundamental quando se tem um problema em mãos é acreditar que o mesmo pode ter solução. Seja ela qual for!
Por mais sozinhos que nos possamos sentir ou por mais vergonha que possamos ter, vai existir sempre um bom amigo do nosso lado para nos apoiar.

sábado, 29 de maio de 2010

vago

Sentir é algo que de certa forma nos deixa "psicologicamente afectados", mas acho que sentir que não se sente ainda é pior.
Ultimamente por mais que queira não sei se sinto ou se sinto que não sinto nada. Acho que estou vazio... e odeio pessoas vazias!
Poucas são as coisa que actualmente me dão vida...Ás vezes lá toca na rádio uma música ou outra que me deixa alegre e a cantar mas depois tudo acaba e pouco a pouco aquela sombra volta a entrar em mim.
Não sei se é saudades, se é necessidade de paz, se é o síndrome da falta de miminhos ou seja o que seja... apetecia-me ir para bem longe e não voltar. Esquecer tudo! 
Apetece-me ir para um sítio sossegado e ficar lá trancado durante um "para sempre" determinado... acho que um sítio sem pessoas me fazia bem agora.
Estou cansado de falsos amigos, falsos sorrisos, falsas conversas, intrigas, confusões, mesquinhices, cenas! 
Como posso encomendar Paz no meio de um inicio de guerra? como posso ganhar vida novamente?
Vou para a rua ver as estrelas e depois estudar...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Ciúme

É interessante pensar a forma como nós humanos damos nome às coisas... ao que sentimos... ao que pensamos, ao que vivemos... Acho que embora tudo tenha uma tendência para o desequilíbrio que tentamos de certa forma contrariar as leis da física e procurar um pouco mais de organização.
À parte disso uma das palavras cujo verdadeiro significado conheci à pouco foi angústia... Sentia-me vago, sem muito para dizer ou contar, até mesmo meio nostálgico e nunca na minha vida tinha pensado que o conjunto destes sintomas poderiam descrever essa "doença". Acho que em parte essa angústia advém de algo que costumo sentir e que não devia sentir: ciúmes!
É incrível ver que quando gostamos de uma pessoa o simples facto de a vermos sorrir para outra e ser simpático ou simpática para com o mundo em volta nos faz sentir menos bem, com medo de a perder ou simplesmente com o receio de não sermos para essa pessoa tão especiais quanto ela nos é.

Está errado querer ter quem nos é especial de certa forma só para nós, mas será que está mesmo errado? Em parte é óbvio que não podemos prender essa pessoa e que ela tem o direito de viver mas por outro lado será que não está certo gostar assim de uma pessoa?
O ciúme tal como tudo, se for em doses q.b é algo positivo penso eu, ajuda-nos a valorizar o que temos e a reconhecer o seu valor, mas é tão mau de se sentir...
O mal disto tudo reside  no pensar e no sentir... se não se pensasse tanto não se sentia tanto e sem sentir...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

linger

Sou muito estranho.
A maior festa do ano está a decorrer e não sinto vontade de lá estar, nem de beber me apetece...
Sinto me "não muito bem comigo próprio", acho que está a faltar alguma coisa, algum clique, qualquer coisa e eu não sei o quê.
Acho que preciso de abrandar... preciso de parar por momentos e voltar a ouvir a vida como a ouvi hoje de  manha.
Está tanta coisa a acontecer ao mesmo tempo, tantas perguntas na minha cabeça para as quais a resposta não sei se existe.
Gostava de ser mais livre, menos chato, menos coiso! Afinal que raio de pessoa passa a semana académica em frente a um PC a escrever no seu blog?
Acho que sinto falta do qe tinha em prótese, um amigo 24h sobre 24h para me entreter, para falar comigo, para me ajudar a crescer. Será que devia abandonar tudo e trabalhar para ser normal? será que devia deixar de ser este Eduardo para passar a ser apenas e só o Eduardo?

domingo, 14 de março de 2010

Futuro

Hoje não sei o que pensar, não sei como classificar o que penso ou até mesmo o que sinto...
À cerca de uma semana fui "escolhido" para organizar algo que me é importante e procurei dar o meu melhor no pouco tempo que tinha disponível. Mandei e-mails, mandei mensagens, deixei de dormir para que fosse possível fazer algo novo e diferente.
Poucos foram os que tiveram ideias e que as comunicaram, parecia que ninguém conseguia dar um passo sem que eu desse autorização para tal, parecia que tinha de ser eu a ter a ideia e a debitar o procedimento completo para que algo fosse feito.
Pouco tempo antes do grande dia, todos me diziam que não estava nada feito e todos colocavam questões cuja resposta eu não sabia dar.
Preocupado, juntei tudo o que tinha e trabalhei isso pela noite fora. Consegui finalmente um procedimento geral do que seria a "actividade de sexta feira". 
O procedimento estava feito, faltava apenas a história ilustrativa e criativa da actividade, algo que não fosse apenas o faz jogo, volta ao inicio, faz jogo volta a voltar ao inicio.
Sexta de tarde quando chego ao local, algo deu na cabeça dos meus colegas e resolveram auto recriar-se. Mudaram tudo o que eu tinha pensado e projectado, fiquei a zeros. Não sabia quais os jogos, como seria a distribuição, nada!
Por um lado fiquei super chateado, tinha me matado a trabalhar durante a semana e de repente "cagam" para o meu trabalho e bora lá fazer tudo de novo a meia dúzia de horas da hora H, por outro admito que não tive a disponibilidade que queria e gostava e que eles agiram assim como acto de "desespero". No entanto custa-me entender porque o acto de desespero depois de a grande fatia do bolo estar feita e não antes.
Há quem diga que me "tentaram passar a perna", eu não sei... ou talvez não quero pensar que sei.
Uma das pessoas que aponto como "revolucionária" do que fiz é uma pessoa que tal como eu tem bastante valor, a única diferença é que ambos nos temos destacado de formas diferentes. Ele conseguiu coisas que eu não consegui e eu tinha coisas que ele não tinha (embora sempre se tenha colado).
Agora depois desta sexta-feira parece que os "pontos" foram todos para ele...
Por um lado eu não quero saber, afinal se os outros são felizes assim quem sou eu para estragar a sua felicidade? e depois eu sei perfeitamente o que valho e o que ainda posso dar! 
Contudo no meio disto tudo surgem-me questões que me deixam a pensar:
  • Terão tentado efectivamente passar me a perna?
  • Tive eu uma reacção de hipersensibilidade ao que aconteceu e exagerei?
  • Será que se eu tivesse ficado o resto do fim-de-semana que teria sido escolhido para chefe de manada?
  • Será que algum dia vou ser chefe? será que tenho habilidade para tal?
  • Será que tenho de facto algum valor?
  • Como teria sido se tivesse sido à minha maneira?
  • Como devo comportar-me agora?
Tudo isto me deixa num estado que não sei caracterizar. Por um lado penso: Porra!! era o meu Fim-de-semana, escolheram me por alguma razão, não tinham nada de fazer isto! Por outro penso, está feito está feito, que faço agora?
Estou curioso para saber como será o futuro... e curioso para saber se me apetece continuar nele ou não...

domingo, 27 de dezembro de 2009

Sonhos

Sons, pensamentos, imagens, cheiros, memórias… tudo se mistura energeticamente na minha cabeça, tudo parece deixar-me num estado que não consigo sequer classificar.
Hoje estou preso a memórias do passado e preocupações do futuro. Sonhei com um amigo meu que faleceu no dia 22 de Junho de 2008. Ele era mais importante para mim do que imaginava, tão importante que ainda hoje desejo acordar do pesadelo que é não o ter ao meu lado. Sonhei que o encontrava, que o abraçava fortemente e perguntava como era possível estar ali. Infelizmente pouco mais ficou registado e agora que penso nisso dá-me vontade de chorar. Em menos de dois anos perdi muitos pedaços de mim, não bastava o meu melhor amigo ter morrido, como mais tarde uma das pessoas que eu mais gostava e agora por fim, o meu avô.
Será que serei em parte a causa, a ligação para que a morte esteja próxima dos que eu tanto gosto e amo? Tenho medo de pensar que sim. Toda esta panóplia de acontecimentos aumenta-me a consciência de que nem sempre está tudo bem, nem sempre somos fortes e que o nosso castelo de cartas pode cair a qualquer momento.
Tremo só de deixar vir ao de cima memórias dos dias em que parte de mim também morreu, lembro-me perfeitamente… a minha mãe a chorar, o ter de ser forte, a história do acidente, as histórias que inventaram e o esquecimento do mundo de que sofria em silencia cada vez que ouvia o nome do meu melhor amigo.
Chorei tanto. Ainda hoje não fui capaz de ir ao cemitério ter com ele, acho que tenho medo de que se for, que seja como se tivesse chegado a minha hora de o enterrar, de lhe dizer o último e não desejado adeus.
Sinto tanto a sua falta…já passou mais do que um ano e continuo a sentir-me vazio, menos completo, a chorar às escondidas, olhando para a sua imagem sem ninguém saber. É estranho ver a quantidade de músicas que eles nunca conheceram, é estranho não os ter a meu lado.
Queria lhe dizer tanta coisa, queria abraçá-lo com tanta força mas não sei como o fazer, quando o poderei fazer e se algum dia poderia fazê-lo.
É impossível esquecer cada um deles… queria tanto acordar deste pesadelo e confirmar que tudo não passou de uma partida da minha cabeça.