domingo, 27 de setembro de 2009

Algo que marcou a minha história como anormal

Porque quando nada parecia fazer sentido, alguém me escreveu esta música num papel e disse que sentia o mesmo...


Sometimes I get so weird I even freak myself out I laugh myself to sleep It's my lullaby Sometimes I drive so fast Just to feel the danger I wanna scream It makes me feel alive Is it enough to love? Is it enough to breathe? Somebody rip my heart out And leave me here to bleed Is it enough to die? Somebody save my life I'd rather be anything but ordinary please To walk within the lines Would make my life so boring I want to know that I Have been to the extreme So knock me off my feet Come on now give it to me Anything to make me feel alive Is it enough to love? Is it enough to breathe? Somebody rip my heart out And leave me here to bleed Is it enough to die? Somebody save my life I'd rather be anything but ordinary please. I'd rather be anything but ordinary please. Let down your defences Use no common sense If you look you will see that this world is a beautiful accident, turbulent, succulent opulent permanent, no way I wanna taste it Don't wanna waste it away Sometimes I get so weird I even freak myself out I laugh myself to sleep It's my lullaby Is it enough? Is it enough? Is it enough to breathe? Somebody rip my heart out And leave me here to bleed Is it enough to die? Somebody save my life I'd rather be anything but ordinary please Is it enough? Is it enough to die? Somebody save my life I'd rather be anything but ordinary please. oh I'd rather be anything but ordinary please.

Cego...



Por vezes o coração não quer ver, outras vezes são os olhos que não enxergam o que está mesmo à nossa frente e é tão óbvio!
Fala-se em sinais, em tocar indiscretamente, em estar com pessoas, mas depois... nada acontece, a cabeça fica confusa e os olhos necessitam de hidratação.
Mais uma vez se fica sozinho, apenas um corpo cansado procurando saber se deve contar, se deve avançar ou se deve esperar pelo meio da frase certa para beijar os lábios de alguém. Mas e se esses lábios não forem os certos? Será que vale a pena andar a misturar sentimentos e emoções para que no fim tudo acabe ou quem sabe pior algo bom que existe?
Perguntas surgem buscando a resposta: "sim, estou interessado em alguém", ou "sim, tenho alguém", infelizmente ou felizmente, não sei, a resposta é sempre a mesma: Ainda não.
Depois penso, como poderá um ser como eu vir a ter alguém? como será uma coisa como eu com alguém?
A maioria dos jovens procura alguém e imagina-se com a mulher dos seus sonhos. Eu também me imagino, mas tenho sempre o medo que não passe de uma mera mistura de hormonas estranhas e de receptores dopaminérgicos que me faz imaginar aquela rapariga perfeita.
Esquecendo agora o mundo encantado dos sonhos, passemos a algo que também incomoda este conjunto estranho de neurónios anormais que dominam o meu ser.
Pretendo mudar. Mudar de turma, mas mais uma vez tenho medo. Dou-me super bem com o pessoal, melhor do que com os restantes, mas depois sinto que vou ser como uma ave tropical trazida para Portugal. Podem todos gostar das minhas penas ou do que digo mas serei sempre algo fora do normal. Tenho medo de não ser aceite, tenho medo de perder amigos no outro lado, não sei! São muitos pensamentos, muita coisa a acontecer e eu sou só e apenas um! Um pequeno anormal em busca do significado de normalidade.....

sábado, 5 de setembro de 2009

E agora?

Dúvidas...
Dúvidas é o que tenho, ou melhor, não sei se são dúvidas se são falta de certezas.
Neste útimo mês, aquele homenzingo, de capa negra e foice enorme rondou as minhas bandas. Levou-me um amigo e tentou levar-me o meu avô por quatro vezes.
Quanto ao meu amigo, ainda me é estranho pensar que tal possa ter acontecido, é estranho pensar que não o tenho fisicamente comigo, que não o vou encontrar ou simplesmente ouvir... com o meu avô é algo mais estranho ainda.
Agora que penso nisso, acho que o meu avô nunca foi aquele tipo de pessoas à qual se ligamos, não sei.
Soube do que lhe aconteceu, fiquei transtornado como é óbvio, quase que chorei, mas não o fiz... Não sei se é por entoar na minha cabeça o pensamento de que pouco ele deu à minha mãe ou do que é que é...mas o que devia sentir não sinto com a intensidade que devia.
Recordo-me de quando soube que a minha avó tinha Parkinson... chorei até mais não.
Acho que o que me abala é saber que não somos imortais, que as pessoas que temos à nossa volta não são de ferro e que podem cair a qualquer momento.
O meu avô está agora no Lar, não que não o queiramos em casa, mas sim porque é o melhor para ele. Destas quatro vezes que teve principios de AVC estava pessoas em casa que o socorreram.. e se não tivessem? Agora por um lado quero ir vê-lo, por outro tenho medo, receio, sei lá! Não quero...
Recordo-me, embora mal, de um tio que adorava que por lá esteve. Penso que a última memória que tenho dele é numa cama daquele lar, em mau estado fisico e mental (devido ao que lhe deu e não a maus tratos).
Acho que isso me faz ter medo. Como será que será o momento em que lá apareça? como irá ele reagir? que devo dizer? pensar?
Pois não sei. Por mais voltas que dê apenas penso que não estou preparado contudo sei que em breve terei de o fazer. Terei de ir lá vê-lo.
Oiço que ele está melhor, tais sons animam-me. Saber que ele tem amigos com quem falar, que o tratam bem e que caso aconteça algo que estará lá alguém para o socorrer também me deixam mais aliviado... Mas como será viver lá? como será chegar a idade de 85 anos e mudar tudo e ir para um local onde, para além de serem todos da minha idade, muitos deles estão "loucos"  ou de tal forma doentes que mete dó.
Depois no meio de tudo isto tenho a maravilhosa biologia celular e molecular, a qual quero e tenho de passar mas que não me consigo concentrar porque simplesmente tudo em volta (embora tente e queira) e diz que não dá.
Vou tentar...